|Mães Felizes| Seja Dona da Sua Vida

Foto: Splitshire.com/
A mãe e pediatra Meg Meeker partilhou, com milhares de leitoras espalhadas pelo mundo, os segredos para uma vida (como mães) mais prazerosa. Compilou tudo num livro intitulado "Os 10 Hábitos das Mães Felizes". A Mulher do 31 tem vindo, às terças feiras, a escrever sobre cada um desses hábitos. Quem só agora entra nesta viagem pode sempre ler os textos anteriores da série | Mães Felizes | e continuar connosco. Hoje vamos abordar o nono hábito: Seja Dona da Sua Vida.

Talvez algumas de nós encarem esta questão como se isso revelasse egoísmo da nossa parte. Muitas de nós, acredito que foram ensinadas a pensar mais nos outros do que em si próprias. Por isso quando pensam em tomar a liderança da sua vida, cria-se um certo atrito interior. Mas, desiluda-se, ser dona da nossa vida é tomar as rédeas dela com liberdade e consciência... o que em nada se opõe a continuarmos a pensar nos outros.

Contudo para segurarmos o volante da nossa vida há que fazer um trabalho interior, que Meg Meeker resume em quatro passos:
  1. Decida viver das suas forças, não das fraquezas: diminuirmo-nos e lamentarmos retira-nos energia, e desconecta-nos do nosso centro. Quando não estamos em sintonia connosco próprias torna-se difícil que consigamos ser responsáveis e conscientes das nossas escolhas diárias. Ou seja, acabamos por nos deixar levar pelas circunstâncias, pelos palpites dos outros... portanto, o primeiro passo para reverter esta situação, é conhecermo-nos, sabermos o que somos, e focarmo-nos nas nossas qualidades, as forças do nosso carácter.

  2. Diga sim ou diga não, mas diga o que pensa: muitas de nós temos tendência para dizer sim a tudo, mesmo que a vontade fosse dizer o contrário. Existem as do contra, que preferem dizer não a tudo. Mas em geral acho que a educação ocidental levou-nos a concordar como forma de respeito. Desengane-se. Respeitar o outro é ser verdadeiro com ele. Respeitar-nos a nós, é sermos honestas connosco mesmas. Também existe outra tendência clara no nosso meio... quando temos de dizer algo que não vá de acordo com as expectativas do nosso interlocutor, justificamo-nos até à exaustão. Não fazemos isso frequentemente com os nossos filhos?! Este segundo passo pede-nos que digamos o que pensamos, e mantermo-nos serenas, sem discursos justificativos, nem pedidos indirectos de desculpa pela nossa honestidade. Isso vai fazer com que nos levem cada vez mais a sério, inclusive os nossos filhos.

  3. Diga a verdade - sempre: os segredos ou as omissões e as mentiras são traiçoeiros. Num primeiro olhar parece que nos ajudam, mas lá no fundo passam-nos a perna. Por um lado, quando omitimos ou mentimos, sabemos que o estamos a fazer. Logo aí a nossa consciência começa a ficar pesada, e a nossa atitude para com o outro não é mais autêntica e transparente. Por outro lado temos de andar cautelosas para não desmascarar a mentira ou a omissão... e isso requer muita atenção e cuidado da nossa parte. E mais, quando começamos a mentir, dificilmente podemos continuar a história apenas e só com a verdade. Quero com isto dizer, que as mentiras são como as cerejas: umas atrás das outras, uma pequena puxa uma maior. E os nossos filhos, que assistem a esta nossa atitude!? Seremos um bom exemplo!? Poderemos chamá-los a atenção quando nos mentirem ou omitirem!? Por isso, e por mais que nos doa a nós e/ou aos outros, opte sempre pela verdade.

  4. Controle a sua culpa: se queremos ser donas das nossas vidas não nos podemos deixar dominar por culpa, pois, caso contrário, será ela a dona da nossa vida. Existe um sentimento que podemos chamar de "culpa verdadeira" que nos alerta para actos que não foram realmente correctos da nossa parte. Normalmente esses actos têm consequências penosas para nós ou para os outros. E foram feitos com consciência. A "culpa falsa" é o oposto. São casos que criámos na nossa cabeça, mas sem grande fundamento. Esta culpa vive da suposição... "talvez se eu tivesse feito isto, então teria acontecido aquilo. Mas porque é que eu não me lembrei!?", reconhece este tipo de diálogo. A culpa falsa retira-nos ânimo e ocupa-nos muito tempo... a remoer. Se estiver na dúvida acerca do tipo de culpa, fale com uma amiga, um familiar ou um terapeuta. Peça-lhe opinião e tome as decisões que tiver de tomar - para arrumar esse assunto sem raízes verdadeiras, como acontece na culpa falsa; ou para concertar os estragos reais da culpa verdadeira. Mas tome o controlo da sua vida.
Pois é, na próxima terça feira já chegamos ao fim desta série, que tanto prazer me tem dado partilhar com vocês. O décimo hábito intitula-se: Não perca a esperança. E não vamos perder, pois não? 


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